Esse Blog teve seu início no dia 08 de junho de 2010 e seu post final foi publicado no dia 14 de julho de 2013, quando o objetivo da Maratona foi alcançado.
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terça-feira, 1 de maio de 2012

O Chamado.

 Era domingo. Naquele final de semana a missa seria às 8:00h. Para não haver briga na família, fizemos um acordo: saio para o longão bem cedo quando a missa for 12:00h. Mas, quando for às 8:00h, fico com nossa filhota e espero a  esposa chegar (por volta das 9:15h). Vinha funcionando razoavelmente.

Pronto! Esclarecido os tratos, vamos aos fatos. Naquela manhã saí por volta das nove e meia. Cinto de hidratação, gel de carboidrato e uns dez contos no bolso (item indispensável). Pela frente, quatorze quilômetros nada assustadores. Animado, cheguei a cogitar fazer dezesseis. Tolo mortal!!! rsss

Os primeiros 9 km não foram nada  moles. No quilômetro cinco já tinha esvaziado duas das quatro garrafinhas de hidratação. Bebi uma e me banhei com a outra. Que sol lascado! Finalizei o treino e os tais dois quilômetros adicionais nem foram cogitados.

Nessas horas fico realmente confuso com meu desempenho. Tem dias em que os treinos fluem com tal perfeição que penso ter nascido para as ruas. Em outros, é puro esforço e sofrimento; me arrasto; me esfalfo de tal forma que percorro cada metro de olho no Garmin, pra ver se está acabando.

Curiosamente, num desses domingos de missa às 8:00h, já eram 8:30h eu ainda estava na cama curtindo minha filha e uma preguiça braba. Se eu quisesse correr, os preparativos deveriam ter início naquele momento. Na planilha, 16 km pela frente. Hummmmmmmm..... Foi quando tomei minha decisão: que se lasque a planilha. Vou não!

Às 9:15h, a esposa chegou.
- Uai, você ainda está deitado?
- Vou correr não. Amanhã dou um jeito de cumprir a planilha.

E o dia passou. Preenchemos quase todas suas horas disponíveis. No final da tarde,  cortávamos Brasília de carro enquanto voltávamos pra casa. O ar estava fresco. Do sol, restava apenas alguma claridade e as sombras dos prédios. Abri o vidro do carro e olhei atento para fora. Alguma coisa acontecia. Algo incomum. Era a rua que fazia contato - quase um chamado.

E se...!?  Será? A essa hora? (pensei).  
Então, conversei com a esposa.

- Claro!! O tempo está ótimo! Vai logo! Melhor do que amanhã!

Lá fui eu! Dezesseis quilômetros iniciados à luz dos últimos raios de sol e finalizados em noite plena. Excelente! 

Ultimamente tem sido assim. Primeiro vem a preguiça. Depois, a certa hora, dependendo da paisagem ou da altura do sol, ouço o tal chamado. Quando dá, peço licença e me mando pelas ruas.
Precisa mais? 

Um grande abraço e até a próxima.
LG

2 comentários:

  1. Quando corria (com mais frequência) também era assim! Alguns dias rendia tudo com facilidade, em outro me arrastava...

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  2. É, as vezes precisamos driblar a preguiça e fazer o treino quando dá... Pelo visto no seu caso foi acertada a decisão...

    Fábio
    www.42afrente@blogspot.com

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